
6 junho, 2025
Fungos do solo eliminam 100% do mofo branco
A ciência, aliada a biologia e as boa práticas, levam a agricultura a patamares mais produtivos e sustentáveis. Confira!
Fungos do solo eliminam 100% do mofo branco: um avanço promissor para a agricultura brasileira
Uma importante descoberta da ciência brasileira promete transformar o controle do mofo branco — uma das doenças mais devastadoras para culturas como soja, feijão e algodão. A pesquisadora foi conduzida por Laíys Bertanha, da UNESP, com orientação de Wagner Bettiol, da Embrapa. Os pesquisadores identificaram cepas de fungos do gênero Trichoderma com capacidade de eliminar 100% do agente causador da doença em testes de laboratório, marcando um marco para o biocontrole no manejo fitossanitário.
O mofo branco, causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, afeta diversas culturas e pode provocar perdas econômicas significativas, especialmente em ambientes úmidos e com alta densidade de plantio. A doença se desenvolve a partir da germinação de escleródios — estruturas de resistência do patógeno que permanecem viáveis no solo por anos —, que infectam os tecidos da planta, levando ao apodrecimento e morte dos tecidos. As novas cepas de Trichoderma, isoladas de solos agrícolas brasileiros, demonstraram alta eficiência no antagonismo ao mofo branco. Segundo os pesquisadores, a eliminação completa do patógeno foi observada em condições controladas, o que abre caminho para o desenvolvimento de bioinsumos com base nessas linhagens para uso direto no campo. Além de eficazes, os fungos Trichoderma são conhecidos por sua versatilidade: promovem o crescimento radicular, aumentam a resistência sistêmica das plantas e competem naturalmente com diversos patógenos do solo, sendo uma alternativa segura e sustentável aos fungicidas químicos tradicionais.
O uso desses agentes biológicos representa um passo significativo em direção a uma agricultura mais sustentável, com menos dependência de produtos químicos e menor impacto ambiental. Essa estratégia se alinha aos princípios da agricultura regenerativa, onde a saúde do solo e o equilíbrio biológico são prioritários. No entanto, para que tecnologias como essa atinjam seu potencial máximo, é fundamental investir em boas práticas de manejo. A presença de matéria orgânica no solo, por exemplo, estimula a biodiversidade microbiana, favorecendo o desenvolvimento de microrganismos benéficos como o Trichoderma. Já a rotação de culturas ajuda a quebrar o ciclo de doenças, reduzindo a pressão sobre patógenos específicos e criando um ambiente mais equilibrado e fértil.
Essas práticas são pilares da Ferticorreção, manejo que valoriza o equilíbrio químico, físico e biológico do solo. Ao integrar tecnologia, biologia e manejo inteligente, a Ferticorreção mostra que é possível produzir mais, com mais saúde para o solo, para as plantas e para o futuro da agricultura.
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